Direto de Gramado.
O editor das "Publicações Lachâtre" está assistindo o Festival de Gramado e presenteou os leitores do Espiritismo Comentado com o comentário sobre o filme "O último romance de Balzac", sobre o qual já havíamos feito duas publicações.
Confira as primeiras impressões de Alexandre Rocha.
"Foi apresentado no último dia 08 de agosto, no Festival de Cinema de Gramado, o mais importante festival de cinema de nosso país, o filme "O último romance de Balzac", longa-metragem que tem a direção do premiado Geraldo Sarno. O filme foi um dos 7 longas brasileiros selecionados para participação no festival e é baseado na obra "Um avesso de um Balzac contemporâneo", de Osmar Ramos Filho, publicada pela Lachâtre.
O filme é a reação de um intelectual de formação marxista, o cineasta Geraldo Sarno, ao tomar contato com uma das obras mais instigantes que o movimento espírita já produziu e que tenta reconhecer a autoria espiritual em uma obra literária de um dos maiores romancistas de todos os tempos. É um filme autoral, é um filme de arte, que, seguindo a proposta do autor do livro, não busca dar respostas, mas instigar o público a partir da seguinte constatação: como explicar a origem de uma obra com tantos indícios de sua autoria, sendo seu autor já falecido?
Na onda dos filmes espíritas produzidos nos últimos meses, "O último romance de Balzac" se destaca pela genialidade da direção. A obra está muito longe de ser uma reprodução de "O avesso de um Balzac contemporâneo" para a divulgação de seu conteúdo ao grande público. É uma clara tentativa de alguém com ortodoxa formação materialista que precisa reajustar seus pensamentos diante de um fenômeno que dá indícios claros da sobrevivência da alma e da possibilidade de sua comunicação com os chamados 'vivos'.
O filme vai entrar no circuito em breve, provavelmente nos cinemas voltados para filmes de arte. Vale a pena conferir. "