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16.5.22

O MOVIMENTO ESPÍRITA PAULISTA

O Movimento Espírita Paulista - Coordenação: Marco Milani pela USE Campinas 


Quatro pessoas que já ocuparam a presidência da União das Sociedades Espíritas de São Paulo fazem uma roda de conversa em que tratam dos desafios que enfrentaram durante suas gestões, as contribuições, o contexto atual da sociedade e das casas espíritas e os novos projetos e questões a serem tratadas pelos órgãos federativos espíritas em nível estadual no Brasil.

Um debate rico, com interlocutores qualificados e propostas instigantes. Um tema que geralmente não se trata nas reuniões públicas das casas espíritas por dizer respeito à gestão das federativas, que geralmente tratam mais com os dirigentes que com as casas em si, fornecem espaços de formação em geral, entre outras questões.

Destaca-se na discussão uma interrogação sobre os espaços híbridos no movimento espíritas (no sentido da mescla entre atividades presenciais e à distância).

Quase duas horas de uma conversa que os dirigentes espíritas deveriam ouvir e refletir.

 

21.12.20

O 16º ENLIHPE SERÁ EM SÃO PAULO, EM 2021 - CHAMADA DE TRABALHOS


 

16º ENCONTRO NACIONAL DA LIGA DE PESQUISADORES DO ESPIRITISMO

Tema central: 160 anos de O Livro dos Médiuns
28 e 29 de agosto de 2021
São Paulo - SP


CHAMADA DE TRABALHOS

Apresentação

O Encontro Nacional da Liga de Pesquisadores do Espiritismo (ENLIHPE) é um espaço privilegiado no contexto brasileiro para apresentação e discussão de propostas e trabalhos de investigação científica sobre a temática espírita. O sucesso alcançado nos anos anteriores tem atraído pesquisadores de todo o Brasil, interessados na divulgação e discussão de seus estudos.

Um dos diferenciais do ENLIHPE é o seu formato, o qual incentiva a formação de redes de pesquisa e promove a aproximação de estudiosos de diferentes áreas do conhecimento.

Instruções aos autores

A data final para submissão de trabalhos é 30 de abril de 2021. A confirmação do recebimento e o parecer da Comissão Científica sobre o artigo serão enviados eletronicamente ao email do remetente.

A avaliação será feita utilizando-se o sistema Double Blind Review, no qual o trabalho é avaliado anonimamente por 2 por membros da Comissão Científica do encontro.

Os trabalhos devem ser, prioritariamente, relacionados à temática central do evento, em forma de artigo científico, conforme procedimentos definidos a seguir:

Artigo científico

•O artigo deverá ser gravado em 2 arquivos:

ARQUIVO 1 – contendo o nome do(s) autor(es), o título do trabalho e o resumo;
ARQUIVO 2 – contendo o título e o texto integral do artigo sem qualquer identificação de autoria.

Submissões de trabalhos

Por e-mail, envie os arquivos 1 e 2 na mesma mensagem para: submissao@lihpe.net

Formato do Trabalho:

Editor de textos: Word 97 ou Posterior
Número máximo de páginas: 15 (quinze)
Configuração das páginas
Margens: superior 3cm; inferior 2 cm; esquerda 3cm; direita 2 cm.
Tamanho do papel: A4 (largura 21 cm; altura 29,7 cm)
Fonte: Times New Roman, tamanho 12
Formato do parágrafo: Recuo especial: primeira linha 1,25 cm
Espaçamento entre linhas: simples.
Figuras, tabelas e gráficos: Fonte Times New Roman, tamanho 8 a 12
Resumo: Mínimo de 1150 caracteres (aproximadamente 10 linhas), máximo de 1750 caracteres (aproximadamente 15 linhas)

Revisão ortográfica a cargo dos autores

Informações adicionais: Envie uma mensagem para 16enlihpe@lihpe.net

Local do evento: União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – USE-SP. Rua Dr. Gabriel Piza, 433, São Paulo/SP



26.4.18

ENTRE A CRACOLÂNDIA E O UMBRAL



Estávamos em um táxi, na região da Luz, em São Paulo, com um motorista silencioso, quando passamos em uma localidade que, em princípio pareceu-se com uma concentração de moradores de rua. Aos poucos, o carro foi passando e a nossa impressão é que se tratava de muita gente para ser apenas moradores de rua. Quem sabe não seria uma manifestação?

A multidão continuava. Eram pessoas assentadas, outras deitadas, algumas desacordadas. Muita fumaça de cigarro, alguns enrolados em palha, como vi muitas vezes os moradores da roça fazerem e usarem na minha infância.

O ambiente era ruim, estranho, e a pergunta saiu de chofre:

- Esta é a cracolândia? Estamos na cracolândia?

O motorista quebrou seu silencio, e com uma expressão de desconforto respondeu, lacônico.

- É.

Começamos a observar as pessoas, e nosso condutor resolveu nos explicar.

- Ficam aí de dia e de noite. O prefeito tentou interná-los, mas houve reação dos “direitos humanos” e eles voltaram para a rua.

- É por isso que há policiais ao redor? Perguntou minha esposa.

- Sim, mas não adianta nada. De vez em quando eles saem em forma de multidão, saqueando. Estão vendo aquelas lojas? Já estão quase todas fechadas, após terem sido saqueadas diversas vezes. Quando isso acontece, a polícia não tem reação.

Ele nos mostrou as instalações construídas pelo prefeito de São Paulo para triagem, banho e acolhida. Uma enorme estrutura, com aspecto de abandono. Nosso condutor continuou sua explicação:

- Ficam algumas assistentes sociais em meio ao povo, oferecendo auxílio do Estado. De vez em quando uma pessoa aceita ajuda, mas a maioria é indiferente ao trabalho delas.

Mesmo morando na  capital mineira, nunca havíamos visto algo igual.  Eu já havia visto as imagens da cracolândia através da tela da televisão, mas a impressão de estar ao lado das pessoas, mesmo de dentro de um automóvel, é incomparável.

Ficamos lembrando das descrições que encontramos sobre o “umbral”, através da mão de Chico Xavier, guiada por André Luiz. Espíritos que compartilham o mesmo espaço, em sintonia uns com os outros, esquecidos da vida, ou pior, acreditando que a vida se resume a essa experiência que se encontram vivendo.
As assistentes sociais em meio ao magote de pessoas lembram os espíritos que ingressam em tarefa, tentando sensibilizar os “habitantes” do umbral a mudar seus pensamentos e a abrir espaço para outro tipo de vivência. Nem sempre são bem sucedidos, porque muitos sofrem, mas preferem continuar com seu estilo de vida.

Manoel Philomeno de Miranda e André Luiz descrevem espíritos que se agrupam e tentam algum tipo de violência coletiva, algo semelhante aos “cracklanders” que furtavam os vendedores da região.

Não é uma penitenciária, um lugar para se cumprir uma pena posta por autoridade da lei, mas uma escolha, aos nossos olhos, infeliz. Quanta gente jovem, que poderia escolher outra trajetória de vida largada no amontoado, no meio da rua. Que fazer para ajudar as pessoas a escolher melhor seu destino?

24.1.09

Cursos de Filosofia Espírita em São Paulo


Figura 1: Platão e Aristóteles

IEEF — INSTITUTO ESPÍRITA DE ESTUDOS FILOSÓFICOS
Comunica a todos que já se encontram abertas as inscrições para os cursos de Filosofia:

PROGRAMAÇÃO - 2009
CURSOS REGULARES

1º ANO: O ESPIRITISMO E OS FILÓSOFOS
Horários: 5ª. Feira – 9h, 16h e 19h30 e sábado 18h

2º ANO: TEMAS FILOSÓFICOS ESPÍRITAS
Horários: 5a. feira - 9h, 16h e 19h30 e sábado 18 h

3º ANO: EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL: DO FENÔMENO À ONTOLOGIA
Horários: 5ª. Feira – 9h, 16h e 19h30

4º ANO: CONHECIMENTO, ÉTICA E RELIGIÃO EM ESPÍRITO E VERDADE
Horários: 5ª. Feira – 9h e sábado - 18h

FORMAÇÃO DE EXPOSITORES DE FILOSOFIA PARA AS CASAS ESPÍRITAS
Horários: 5ª. Feira - 19h30 e sábado 16h

CURSOS MODULARES

CURSO INÉDITO DE FILOSOFIA TRADICIONAL: "FILOSOFIA E MODOS DE VIDA"
Expositor: Prof. Alfredo Fernandes (FFLCH - USP)
Horários: 6ª. Feira – 18h e sábado - 16h

CURSO SOBRE HERCULANO PIRES: "CONCEPÇÃO EXISTENCIAL DE DEUS"
Expositor: Prof. Astrid Sayegh
Horário: 5ª feira -18 h. Início em abril

CURSO SOBRE LEON DENIS: "O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR"
Expositor: Prof. Walter Barreto de Almeida
Horário: 6ª feira 18 h – início em Agosto

*Para saber mais sobre os cursos, acesse o site:
www.institutodeestudosfilosoficos.com

INSCRIÇÕES:
Pelo site:
www.institutodeestudosfilosoficos.com
Por telefone: (11) 2215-2684 2215-2522
Por email:
institutodeestudosfilosoficos@gmail.com.

LOCAL: INSTITUIÇÃO BENEFICENTE NOSSO LAR
Praça Florence Nightingale, 79 - Jardim da Glória (Vila Mariana)

CURSOS REGULARES INTENSIVOS DE UM ANO
OUTROS LOCAIS:
CENTRO ESPÍRITA NOSSO LAR — CASAS ANDRÉ LUIS
Rua Duarte de Azevedo, 691
Santana — São Paulo — SP
CEP: 02036-022— Tel: 2973-6580
http://www.nossolar.org.br/end1.php
CENTRO DE CULTURA DOCUMENTAÇÃO, PESQUISA DO ESPIRITISMO EDUARDO DE CARVALHO MONTEIRO
Al. dos Guaiases, 16
Planalto Paulista - (Travessa da Av. Indianópolis na altura do 1435)
CEP: 04079-010—Tel: 3661-3028
http://www.ccdpe.org.br-- Instituto Espírita de Estudos FilosóficosPraça Florence Nightingale, nº 79Vila Mariana - São PauloFones: 2263-8681 - 2215-2522Site:http//www.institutodeestudosfilosoficos.com

2.11.08

4o. ENLIHPE (continuação)


Foto 1: Jáder Sampaio
O primeiro trabalho do ENLIHPE foi intitulado "As Muitas Faces da Intolerância contra o Espiritismo". Sampaio iniciou seu trabalho com a história do Cemitério Espírita de Inhambupe, BA, que foi construído antes do centro espírita da localidade, porque o vigário proibía se enterrassem espíritas no cemitério municipal.

Ele relata as perseguições na França, detalhando o conhecido Processo dos Espíritas, que culminou na prisão de Leymarie, com base na confissão forçada de Buguet sobre fraudes nas fotografias espíritas.
O trabalho vai à Inglaterra e apresenta o processo contra Slade e a criação de um fundo dos espiritualistas ingleses para a defesa de médiuns.
Jáder apresenta os relatos de prisões, perseguições e confiscos nas ditaduras Salazarista e Franquista, em Portugal e Espanha, respectivamente.
O totalitarismo na Europa gerou perseguições a instituições espíritas e espiritualistas, e as teses são documentadas, suas razões especuladas.
No Brasil foram diversas as frentes contra o estabelecimento do Espiritismo. Ainda no Brasil império, Machado de Assis ataca as instituições espíritas através de sua pena. Legisladores tentam proibir o funcionamento dos centros espíritas, depois, no Brasil-República, tenta-se enquadrar os médiuns curadores na categoria de charlatães, proíbe-se o funcionamento de centros espíritas, ficham-se espíritas na ditadura vargas, proíbe-se a prática de receituário mediúnico.
O trabalho mostra a resistência que as federativas espíritas ofereceram ao estado, seja na imprensa, seja respondendo os ataques com livros, seja orientando os centros espíritas, seja cobrando uma posição legal das autoridades, seja no judiciário, fazendo a defesa de médiuns e perseguidos pelas autoridades policiais.
O trabalho aponta que a legitimação do Espiritismo no Brasil não foi pacífica, que a desconstrução do movimento espírita na Europa não foi um fenômeno meramente cultural, mas político, que os órgãos federativos tiveram uma posição fundamental para a sobrevivência do Espiritismo brasileiro e discute duas teses antropológicas: à luz da História, o Espiritismo não é uma doutrina itinerante (Aubrée e Laplantine) e Chico Xavier não teria catolicizado o Espiritismo (Lewgoy), mas o contrário, se considerarmos as fontes espíritas brasileiras anteriores ao médium de Pedro Leopoldo.

Foto 2: Profa. Miriam Hermeto de Sá Motta

No segundo trabalho a Profa. e Doutoranda Míriam Hermeto propõe como preservar a memória espírita através de fontes documentais.

Doutoranda em História pela UFMG, ela inicia seu trabalho distinguindo memória e História e definindo sua disciplina como o "estudo do homem no tempo", alinhada às idéias de Marc Bloch.

Ela discute o papel das fotos, dos documentos primários e de outras fontes que estão nos centros espíritas e não são identificadas como tal por seus membros.

Exemplificando, ela mostra uma foto da fundação do Cenáculo Espírita Thiago Maior, em Belo Horizonte. Ela mostra que a maioria dos fundadores eram homens e brancos (tipo europeu), havia apenas uma mulher e um pardo. Era, portanto, um movimento de elites mineiras, até mesmo pela localização e presença de autoridades no centro nascedouro.

Ela analisa o folheto do lançamento, para o qual foi trazido Chico Xavier. Na capa, encontra-se escrito "Comemoração do Dia dos Mortos" e dentro dele, uma mensagem de Emmanuel convidando os espíritas a evitar este tipo de comemoração, muito comum à época na capital mineira, em decorrência da coerência com os princípios espíritas.

Míriam convidou os membros dos centros espíritas a terem atenção com os documentos que descartam e propôs metodologias de catalogação e identificação de peças que auxiliarão na preservação da memória espírita.