Leopoldo Cirne foi o presidente da Federação Espírita Brasileira que sucedeu a Bezerra de Menezes, no período de 1900 a 1914. Ele consolidou a instituição, inaugurando a sede própria da Avenida Passos 30, na cidade do Rio de Janeiro, em 1911.
Zêus Wantuil transcreveu o artigo publicado em "O Paiz", o jornal democrático do Rio à época, reconhecendo o papel social do movimento espírita:
"Não é uma inauguração vulgar, de um edifício que interessa apenas à associação a que pertence; ela resume, na pedra e na argamassa do amplo edifício erigido naquela avenida, uma obra generosa de fé e de assistência, que tem se estendido beneficente sobre uma grande parte da população desta terra. A nova sede da Federação Espírita Brasileira tem, considerada no seu ponto de vista particular, o valor, já hoje raro, de exprimir uma dedicação extraordinária dos homens agremiados naquele centro de atividades, dedicação praticada em uma quase penumbra, sem alarde, sem benemerências conclamadas, sem nomes postos em foco, com a modéstia efetiva dos crentes sinceros e dos generosos por dever; em cada pedra, em cada bocado de argamassa da sua construção, há um pouco de coração e de consciência dominados por um alto sentimento e um sugestivo dever."
(Grandes Espíritas do Brasil, Zêus Wantuil, FEB, 1981, 2a. Edição)
Figura 1: Foto recente da fachada da antiga sede da Federação Espírita Brasileira, feita por André Cláudio V. C. de Mendonça em 2006 (http://www.pbase.com/andremendonca/image/62612683)
Há alguns anos, foi encontrada a foto abaixo em meio à biblioteca do Sr. Aurélio Valente, doada à Associação Espírita Célia Xavier após o seu retorno à pátria espiritual. Ela mostra a relação existente entre o Espiritismo Brasileiro e o Francês, na pessoa de Léon Denis, àquela época.
Figura 1: Foto de Léon Denis
Figura 2: Verso da foto acima onde se lê (em francês): Ao Sr. Leopoldo Cirne, lembrança fraternal. Léon Denis. 20/5/99 (1899)