Os médicos Eric Pires e Leandro
Franco escreveram para o 14º Enlihpe dois trabalhos, que se encontram no livro
“A sobrevivência da alma em foco”.
Eric Ávila
No primeiro trabalho levantam a
contribuição de César Lombroso, médico italiano nascido em 1835. Após ter
publicado trabalhos sobre o hipnotismo e ridicularizado a existência dos
fenômenos espirituais, ele estudou, a convite de Chiaia, a médium Eusápia
Paladino a partir de 1891, atribuindo-lhe inicialmente um diagnóstico de
epilepsia e histeria. Após anos de estudos, Lombroso publicou em 1909 o livro
“Hipnotismo e mediunidade”, no qual trata de inúmeros fenômenos de efeitos
físicos e de temas como a fisiopatologia de Eusápia e de outros médiuns
estudados à época. Ele reconhece a existência da mediunidade e dos espíritos.
Leandro Franco
No segundo trabalho, os autores
fazem uma análise das principais teorias discutidas no livro “Mediunidade e
sobrevivência”, escrito por Alan Gauld para divulgar cem anos de fundação da
Society for Psychical Research, em Londres. Os estudos foram publicados por pesquisadores
da casa, revistos ante a leitura dos procedures,
e livros deles. Médiuns como Leonore Piper, Sra. Leonard, entre outros, têm
seus fenômenos analisados à luz das teorias explicativas que surgiram. Gauld se
posiciona favorável à hipótese da imortalidade para explicar fenômenos como
manifestação de habilidades não aprendidas, “traços de personalidade, os
propósitos, e todo um ponto de vista característico de uma pessoa outrora
viva”. Com esta posição ele aponta fenômenos que teorias como a da super-percepção
extra sensorial (super-PES) tem dificuldades em explicar.