Cerca de quarenta pessoas prestigiaram o evento, que consistiu na composição de uma mesa que saudou o público em nome da FAFICH e apresentou o livro e sua história.
O Prof. João Furtado, diretor da FAFICH, destacou a importância da pluralidade de abordagens nos diversos campos do conhecimento, que é uma das marcas distintivas da unidade que ele dirigiu durante os últimos 8 anos.
Mesmo ciente que um dos capítulos criticava tese defendida na Faculdade (o capítulo que trata de Claude Bernard), o diretor honrou a tradição de diálogo e democracia na produção científica da FAFICH-UFMG.
Foto 4: Sala de Congregação preparada para receber o público
Tentei mostrar as contribuições do livro para a comunidade acadêmica e a pequena produção da UFMG no estudo do Espiritismo e de seu movimento brasileiro, o maior do mundo.
A desconstrução de teses defendidas em Universidades Brasileiras e a divulgação de outras é um tema recorrente do livro.
Um dos capítulos dá outra interpretação à proposta de o Espiritismo ser uma doutrina itinerante, construída por Aubrée e Laplantine.
Outro apresenta evidências de que as comunicações de Nina Arueira por Francisco Cândido Xavier não são uma construção da comunidade espírita e que foram esquecidos elementos de sua biografia na redação de uma dissertação.
Já foi dito que Claude Bernard, um dos pais da medicina moderna, não foi o elaborador do reducionismo físico-químico, mas que articulou estes estudos com uma concepção nova de vitalismo.
O trabalho de Alexandre Caroli inaugura uma abordagem metalinguística do texto de Humberto de Campos – Espírito psicografado por Chico Xavier.
O lançamento sinaliza que o muro de Berlim do materialismo acadêmico subjacente a modos de pensar está prestes a cair e que há espaço para um estudo sem pré-concepções dos temas espíritas e da comunidade espírita, desde que haja disposição para a devida fundamentação teórica e rigor empírico.