O Livro dos Médiuns - Edição francesa de 1950
Na última matéria fizemos uma série de considerações sobre a palavra medianimidade e medianímico, usadas por Allan Kardec em "O Livro dos Médiuns". No texto fizemos algumas questões sobre a tradução para o português.
Aproveitamos para tirar as dúvidas com Evandro Noleto Bezerra, que fez um conjunto de traduções das obras de Kardec, inserindo notas sobre as mudanças que os livros sofreram ao longo das edições. Um trabalho de fôlego, que precisava ser feito há muito tempo.
Ele acolheu o Espiritismo Comentado com muita gentileza e autorizou que divulgasse a resposta.
EC: Vi que Kardec publicou em O Livro dos Médiuns o capítulo "Da
medianimidade nos animais" a partir da segunda edição. Por que você
preferiu manter o título traduzido por Guillon Ribeiro e outros, se
Kardec em seu vocabulário afirma que as palavras não são exatamente
sinônimas?
ENB: "É possível que tanto eu quanto o Guillon tenhamos escolhido o termo
mediunidade para evitar o neologismo "medianimidade", até hoje sem
sentido para nós. O que posso fazer, na próxima edição de minha
tradução, é aditar uma nota de rodapé na página do Livro dos Médiuns que
contém essa palavra, explicando a razão da nossa escolha ao traduzi-la
por mediunidade, e não medianimidade. Aproveito para dizer-lhe que,
decorridos mais de 150 anos, você não encontra tal verbete, nem nos
dicionários de francês, nem nos de português."
O Espiritismo Comentado agradece ao Evandro a atenção.