Mostrando postagens com marcador Martins Peralva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Martins Peralva. Mostrar todas as postagens

30.1.10

ENTREVISTA SOBRE MARTINS PERALVA


Figura 1: Maria Philomena (Da. Nenem), Chico e Martins Peralva
Geraldo Lemos Neto responde entrevista ao Espiritismo Comentado sobre Martins Peralva. (Continuação)
EC - Peralva tinha uma amizade e uma parceria de trabalho com a única presidenta da UEM, Dona Maria Philomena Aluotto Berutto.
Você poderia explicar esta afinidade espiritual entre os dois?

GLN - A afinidade entre ambos sempre foi a afinidade das almas irmanadas no ideal de servir à causa do Evangelho de Jesus, redivivo agora pelas bençãos do Consolador Prometido pelo Cristo que é a Doutrina dos Espíritos. Por quase um quarto de século tive a alegria e a honra de conviver com esta "dupla dinâmica", como costumava brincar com eles, aprendendo a reconhecer em cada qual a medida exata da ponderação e do equilíbrio, do comedimento e da perseverança, da tenacidade e da esperança, na certeza de que Jesus, nosso Divino Mestre, é
que está no leme de nosso barco planetário.

EC -Peralva foi uma pessoa muito próxima de Chico Xavier. Há uma influência da obra psicografada pelo médium mineiro nos escritos de Martins Peralva? Que outros autores influenciam o texto de Martins Peralva?

GLN - Sem dúvida alguma que sim. A obra psicográfica de Chico Xavier, notadamente os escritos de Emmanuel e André Luiz, foram a fonte cristalina e pura de onde Martins Peralva se nutria espiritualmente para escrever os seus
artigos, textos e livros de elevada inspiração. Não somente a obra psicográfica de Chico Xavier contudo, foi sua fonte, mas também e principalmente os exemplos de amor e renúncia que o medianeiro de Pedro Leopoldo lhe oferecia à
observação percuciente e lúcida. Chico Xavier para Martins Peralva sempre foi um apóstolo de Jesus, exemplo de dedicação à Causa Espírita que haveria de ser seguido séculos afora. Obviamente que Peralva também se nutria das obras básicas da codificação espírita, pelos escritos iluninados de Allan Kardec e pelas comoventes narrativas dos Evangelhos. De modo que podemos dizer que a obra de Peralva se baseia neste tripé: Jesus, Kardec e Emmanuel. (compreendendo-se Emmanuel como o representante da plêiade de espíritos do Senhor que se
manifestaram pelas mãos de Chico Xavier).

EC -Como surgiu a ideia de lançar um novo livro de Martins Peralva?

GLN - Desde os últimos anos de vida terrestre de Martins Peralva conversava com ele e com seus filhos sobre esta possibilidade de editarmos um livro que contivesse os artigos escritos por ele e ainda inéditos em termos editoriais. Ficou o meu compromisso com ele neste sentido, e após a sua desencarnação os filhos de Peralva, Iêda, Basílio e Alcione me procuraram oferecendo-me o material para compor o livro em questão.

12.1.10

GERALDO LEMOS FALA SOBRE MARTINS PERALVA

Figura 1: Martins Peralva

O Espiritismo Comentado entrevistou Geraldo Lemos Neto, editor do livro póstumo de Martins Peralva sobre o Evangelho. Ela será publicada em postagens diferentes, em decorrência da riqueza de informações.

EC: Qual foi a trajetória de Peralva no movimento espírita mineiro?
GLN : Peralva transferiu residência de Aracajú a Belo Horizonte em 1949 sendo recebido de braços abertos por Virgílio Pedro de Almeida e Chico Xavier em Pedro Leopoldo. Inicialmente se juntou a Chico Xavier, Neném Aluotto, Arnaldo Rocha e Zeca Machado num grupo de estudos e reuniões mediúnicas chamado Nina Arueira. No mesmo período passou a participar de reuniões de estudo do Evangelho e da Mediunidade no Centro Espírita Célia Xavier. Quanto podia visitava o médium Chico Xavier em suas reuniões costumeiras no Centro Espírita Luiz Gonzaga de Pedro Leopoldo, de quem se tornou profundo admirador e amigo pessoal. Foi a partir daí que passou a visitar a Colônia Santa Isabel, de irmãos hansenianos, onde levava calor humano, assistência espiritual e material. Fundou à essa mesma época a Cantina Espírita Francisco de Assis que distribuía semanalmente mantimentos para famílias carentes previamente cadastradas. Esta atividade cresceu até ser construído um galpão na Vila dos Marmiteiros, onde passou a oferecer suculenta sopa aos mais necessitados. Desapropriados pela prefeitura de Belo Horizonte a atividade foi então transferida à União Espírita Mineira, com a instalação da tarefa assistencial às mães desvalidas aos sábados pela manhã. A Cantina Francisco de Assis era também a responsável pela distribuição natalina de cerca de 1.000 cestas básicas para as famílias carentes. Durante este período escreveu o hino do Colégio O Precursor educandário da UEM.
EC: Qual foi a participação de Peralva na União Espírita Mineira e no movimento em geral?
GLN: Foi membro do Conselho Geral e secretário do Abrigo Jesus, sócio efetivo do Hospital André Luiz e segundo secretário do Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, aproveitando ainda as horas vagas para abastecer a imprensa espírita e a leiga com seus artigos evangélico-doutrinários. Participou por 15 anos ininterruptos das atividades do Centro Espírita Célia Xavier para então fixar-se, em 1964, na União Espírita Mineira, onde permaneceu ao longo do tempo exercendo diversos encargos como Primeiro Secretário, Diretor do Departamento de Doutrina e Divulgação, Vice-Presidente e Presidente interino. Lá dirigia as atividades de estudos realizadas aos sábados, e também responsabilizou-se como jornalista e editor chefe do periódico da casa O Espírita Mineiro. Foi também mentor das atividades da Mocidade Espírita O Precursor por largos anos. Aproveitando as suas qualidades de oratória, sempre colaborou com alegria na difusão dos ensinos espíritas pelo interior de Minas Gerais, levando a sua palavra inspirada também a outros estados. Foi o secretário executivo do Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais - COFEMG - e representante da União Espírita Mineira junto ao Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira. Escreveu artigos espíritas para a Revista O Reformador da FEB, bem manteve uma coluna quinzenal no jornal O Estado de Minas. Pela FEB lançou os livros Estudando o Evangelho; Estudando a Mediunidade; Mediunidade e Evolução; e O Pensamento de Emmanuel. Pela União Espírita Mineira lançou o livro Mensageiros do Bem, que estuda o livro de André Luiz/ Chico Xavier Os Mensageiros; e agora postumamente esta lançando pelo Vinha de Luz o livro Evangelho Puro, Puro Evangelho
(Continua)

6.9.07

Desencarna Martins Peralva


Foi sepultado às 14:00 horas do dia 05 de setembro de 2007, no cemitério Parque da Colina, o escritor espírita José Martins Peralva.

Muitas foram as vezes em que vi Peralva representando a União Espírita Mineira em eventos espíritas, mas algumas vezes, na intimidade, encontrava-o no consultório de meu pai, sempre gentil, sempre presenteando-o com trabalhos e livros, especialmente os então recém-publicados por Chico Xavier.

Ainda esta semana tive em mãos um trabalho autografado por ele, dado a papai após um evento no estado do Rio de Janeiro.

Os feitos, cargos e realizações, o leitor deste blog poderá acessar clicando o título, que o remeterá a uma biografia publicada pela União Espírita Mineira, com base em informações fornecidas por um de seus filhos, Basílio Peralva.

O que não se lê, foi a política de apoio à mediunidade e à pessoa de Chico Xavier, da qual União Espírita Mineira sempre foi defensora e que teve Martins Peralva como seu articulador.

Em nossa casa, a Associação Espírita Célia Xavier, Peralva escreveu o livro Estudando a Mediunidade, publicada pela Federação Espírita Brasileira, na qual comenta e explica em linguagem direta e simples o conteúdo do livro "Nos Domínios da Mediunidade", de André Luiz.