Figura 1: Mapa de Atividades (clique para ampliar)
Durante a ditadura de Salazar o movimento espírita português foi fortemente reprimido e perseguido em Portugal. Ainda se arrasta na justiça (ao que sabemos) um processo tentando obter a propriedade e posse da sede da antiga Federação Espírita Portuguesa, desapropriada arbitrariamente pelo estado português.
Como na idade média, estado e religião deram-se as mãos e a paranóia ditatorial-militar proibia quaisquer reuniões, com medo de reações a um regime mantido pela força.
Durante muitos anos, o movimento português agiu na clandestinidade. Temos notícias de brasileiros corajosos, como Divaldo Franco, que mantiveram agregados e ativos os espíritas que resistiram à imposição ideológica do estado militar.
Hoje, passados os anos o movimento floresce mais uma vez, como uma árvore que perdeu todas as suas folhas para enfrentar o longo inverno da incompreensão, mas manteve firmes suas raízes sob o solo branco e a temperatura glacial.
Segue acima uma iniciativa interessante e agregadora. A Federação publicou um mapa de atividades, no qual se visualizam as iniciativas da FEP e de outras organizações portuguesas.
O Brasil tem um movimento mais institucionalizado que Portugal, em função da sua história. Assim, federativas e centros espíritas promovem eventos continuamente, muitas vezes sem que um consulte a disponibilidade dos outros, o que causa esvaziamento.
Um bom exercício federativo seria as sociedades espíritas trocarem seus calendários e acordarem entre si uma data ou duas por período (semestre ou ano) para participarem juntas de algum evento promovido pela Federativa, o que seria um sinal de prestígio e união, de esforços conjuntos das entidades participantes de um movimento maior que elas próprias.
A federativa, por sua vez, ficaria com o encargo de organizar e receber uma grande massa de espíritas, e promover um evento pontual mas atraente. Não apenas aprender ou discutir, mas confraternizar e conhecer uns aos outros seria um passo importante contra uma tendência de ação amorfa e inexpressiva da divulgação, como já antevira no final do século XIX o célebre Bezerra de Menezes.
Figura 2: Mapa de Atividades para o segundo semestre de 2011 (clique para ampliar)