Gostaria de compartilhar com os leitores do blog uma mensagem ditada pela via da psicografia intuitiva ao autor do blog em dezembro de 1999, na Associação Espírita Célia Xavier. O autor espiritual adotou o nome de "Companheiro de Trabalhos".
Figura 1: Natividade de Gustave Doré
“Entrando onde ela estava disse-lhe:
‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! (...)
Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho,
e tu o chamarás com o nome de Jesus’.”
(Lucas 1: 28 e 31)
A humanidade comemora dois mil anos de uma mensagem: nasceu Jesus, Jesus de Nazaré, criança humilde, filho de pessoas simples do povo. Ele não tem poderes, não tem riquezas, não tem nobreza no sangue, apenas uma referência distante a Davi.
Nasceu Jesus, Jesus de Nazaré. Não é romano, não é patrício, é filho de um povo escravo, os judeus, que lutam e sonham com liberdade política e aguardam um enviado de Iavé cuja mão forte dirigir-lhes-á os exércitos.
Nasceu Jesus, Jesus de Nazaré, não em Jerusalém... Nasceu no interior, foi criado em cidade pequena, aprendeu a ser carpinteiro, e não rei; conviveu com pescadores, mais que com sacerdotes. Nasceu pequeno entre os pequenos.
Nasceu Jesus, Jesus de Nazaré. Tornar-se-á homem, varão do povo de Israel, mas não terá duas túnicas, nem uma pedra onde descansar sua cabeça, viajará a pé, conversará com todos, escolhidos e apartados, patrícios e plebeus, ricos e pobres.
Nasceu Jesus, de Nazaré, com uma missão: transmitir uma mensagem. Alguns se recordam de feitos milagrosos, outros dos sinais dos céus, outros das vozes de outro mundo, mas esse homem tem por legado apenas palavras.
Nasceu Jesus, de Nazaré. Considerado malfeitor pelos seus compatriotas, esquecido pelos representantes da justiça romana, condenado à pena máxima.
Foi-se Jesus, de Nazaré, mas suas palavras, seus atos, continuam em meio a nós. Não foi rei, mas seus feitos dividiram a História. Não foi guerreiro, mas conduziu-nos à luta interior. Não foi homem de letras, mas originou as páginas mais lidas pelos seus semelhantes. Não construiu monumentos, mas sua lembrança resiste ao tempo. E depois dele, sob sua palavra, os homens ficam diferentes.
Companheiros de trabalho, nós lhes desejamos um feliz natal, pleno da presença da mensagem do homenageado."
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