Como era a prática espírita brasileira no final do século XIX? O que se escrevia na imprensa? Além de Bezerra de Menezes, quem foram os atores da construção do movimento que este ano deverá contar com a declaração de mais de 3 milhões de pessoas no Brasil?
Com esta intenção Eduardo Carvalho Monteiro vasculhou seu arquivo e pesquisou documentos, escreveu para o Exército Brasileiro, levantou fontes. O resultado é um livro biográfico, acrescido de artigos e poesias escritas por Ewerton Quadros, que nos vão permitindo compreender melhor a época e os interesses dos bandeirantes espíritas do Brasil.
Segue abaixo a transcrição de um dos casos de mediunidade narrado no Reformador de 1888.
"O sr. Manoel Leite Raposo, que há pouco começou a estudar o Espiritismo, possui as mediunidades de vidência e psicografia, mas, pela novidade, acredita sempre que tudo o que obtém vem de si mesmo e não de um ser invisível. Ultimamente, porém, em uma sessão, obteve ele uma longa comunicação escrita, na qual o Espírito descrevia com todas as particularidades a sua última vida terrena, cheia de lutas, de desfalecimentos e quedas, terminando pela assinatura do nome que tivera.
Tinha o médium acabado de ler o trabalho que obtivera sem falar na assinatura, quando um dos presentes disse em voz alta:
- Eu conheço uma senhora falecida há poucos anos, com que se deu tudo isso; parece que quiseram escrever a sua história. Chamava-se M.
Era exatamente o mesmo nome que assinava o trabalho e que pertencera a uma pessoa em que nunca o médium ouvira falar."
(MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Marechal Ewerton Quadros: Primeiro Presidente da Federação Espírita Brasileira. Capivari-SP: CCDPE e EME, 2006.
Jáder,
ResponderExcluirBoa noite.
Quero aproveitar o “gancho”.
Eduardo Carvalho Monteiro, grande trabalhador, possívelmente um “completista” (Missionários/AL/Chico Xavier, cap. 12)! Deixou uma obra MUITO IMPORTANTE!!
Será que você poderia falar MAIS sobre ele e sua grandiosa obra, além dos comentários já existentes no blog?
Um grande abraço.
13/02/2010.