16.7.13

PESQUISADORES NORTE-AMERICANOS ESTUDAM MÉDIUNS

Julie Beischel (PhD) e Gary Schawrtz (PhD) publicaram em 2007 na revista Explore, os resultados de uma pesquisa com médiuns de base experimental.

OBJETIVO DA PESQUISA

Eles buscavam produzir “novas evidências que consideram a possibilidade de que informações acuradas de uma pessoa amada falecida de um consulente possa ser obtida com confiabilidade na pesquisa de médiuns sob condições experimentais altamente controladas que efetivamente eliminam explicações convencionais (clássicas).” Em outras palavras, saber se médiuns produzem conhecimento verificável não atribuível à leitura à frio e à telepatia, principalmente.

MÉTODO

Para fazer o seu trabalho desenvolveram uma metodologia “triplo cego”. Na pesquisa deles eles evitaram o contato entre o consulente (sitter), o pesquisador e o médium, para evitar que os médiuns fizessem a leitura à frio (cold reading) (identificar sinais conscientes e inconscientes que as pessoas fazem quando recebem informações certas ou erradas) e que houvesse telepatia entre o assistente de pesquisa e o médium. O esquema abaixo sintetiza o procedimento adotado:




O procedimento é complexo. Basicamente se obteve voluntários no meio universitário que perderam pessoas queridas e anotou-se o nome da pessoa, que foi fornecido ao médium, por um assistente de pesquisa. O médium produz mensagens atribuídas à pessoa.

Outro assistente transcreve a mensagem e a formata, para que o consulente possa analisar seu conteúdo. Ela se torna uma espécie de lista de informações a serem classificadas segundo uma escala que varia de 0 a 6.

A nota 6 significa “mensagem excelente, incluindo aspectos expressivos da comunicação, com nenhuma informação essencial incorreta”.

A nota 0 significa “nenhuma informação ou comunicação correta.”

Cada uma das notas intermediárias tem um significado próprio (chamamos em psicometria de escala ancorada comportamentalmente).

Os pesquisadores agruparam os consulentes em pares. Chega às mãos deles duas mensagens. Eles devem escolher a que mais se aplica a cada um deles (isoladamente, pelo que pude perceber) e pontuar a mensagem que ele considera ser da pessoa falecida e a que ele considera não ser da pessoa falecida.

RESULTADOS

Seis dos oito médiuns produziram mensagens com pontuação superior à das mensagens-controle e dois deles não conseguiram fazer isso. Três deles produziram informações muito fiéis, dois deles produziram informações medianas e não houve resultado reverso (a avaliação da mensagem do espírito identificado ter pontuação inferior à do outro espírito avaliado).

A média de avaliação das mensagens direcionadas foi significativamente superior à da pontuação atribuída aos controles (3,56 em 6 contra 1,94 em seis). Para quem entende de estatística, eles forneceram os desvios-padrão, os níveis de significância, os tamanhos de efeito e a probabilidade de replicação, ou seja, não dá para explicar como erro amostral ou fragilidade da técnica estatística utilizada para comparação de médias.

DISCUSSÃO

Os autores entendem que sua metodologia elimina as hipóteses de telepatia e de leitura à frio (cold reading), por isolar completamente o médium e a mensagem do consulente (sitter).

Eles obtém não apenas evidência de obtenção de conhecimento real pelos médiuns, como estabelecem resultados que contribuem para o estudo da faculdade mediúnica e da falibilidade dos médiuns.


Penso que precisamos conhecer melhor os novos trabalhos sobre mediunidade que estão sendo produzidos no exterior.

FONTE:

BEISCHEL, Julie, SCHWARTZ, Gary. Anomaloues information reception by research mediums demonstrated using a novel triple-blind protocol. Explore. USA: v. 3, n. 1, p. 23-27.

doi:10.1016/j.explore.2006.10.004

Resumo de Jáder Sampaio. Leiam o artigo completo.

3 comentários:

  1. José Francisco Alves Dourado (Teixeira de Freitas/BA)17 julho, 2013

    Conteúdo interessante. Uma variável que certamente influencia nas respostas obtidas, é a evolução do Espírito Comunicante. Informações obtidas de Espíritos menos evoluídos, provavelmente não terão a mesma qualidade de outros mais elevados. De fato, a constatação do Jáder, de que devemos conhecer melhor o que se estuda acerca de mediunidade lá fora, é uma necessidade, pois acrescentará mais luz, às evidências científicas necessárias para emudecer os céticos.

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  2. Moro em Tucson no Arizona, cidade onde residem os pesquisadores. A Julie agora tem um instituto de pesquisa o Windbridge, onde continua a fazer pesquisas com mediunidade, vale a pena dar uma olhada no site deles:
    http://www.windbridge.org/

    No livro que ela lançou recentemente (apenas ebook na Amazon) ela conta um pouco da tragetória dela nesse campo e quais seus planos para linhas de pesquisa.

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  3. Marcelo, obrigado pelas informações. Serão muito úteis aos leitores. Eu já havia acessado o livro da Dra. Julie, pretendo dar visibilidade ao trabalho dela que me parece sério e consequente.

    Um abraço do Brasil

    Jáder

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